2017
Arquitetos
João Branco + Paula del Río
Colaboradores
Marco Silva
A proposta para o pavilhão expositivo efémero de Serralves baseia-se em 4 ideias fundamentais:
- Criar um volume que se adapta aos diferentes espaços urbanos contrapondo a sua natureza abstrata, rotunda e ligeira à materialidade pétrea dominante nas povoações do Norte de Portugal.
- Gerar um espaço interior flexível e adaptável a múltiplas propostas expositivas através da sua sobriedade, que cede o protagonismo às peças artísticas e cria a possibilidade de as por em relação entre elas através do espaço.
- Implementar um sistema construtivo de fácil montagem e desmontagem, à base de peças ensambladas por sistemas de encaixe direto ou aparafusadas, garantindo a existência de múltiplas combinações de espaços que o curador pode escolher para cada exposição.
- Aproveitamento das condições climáticas existentes no acondicionamento dos diferentes espaços, complementados com um sistema de climatização completamente integrado que permite garantir as condições óptimas de humidade e temperatura em todos os espaços para cada exposição.
Propõe-se assim a criação de um módulo base quadrado de 200 m2 fechado com uma fachada translúcida e cujo interior está construído integralmente em madeira. Quatro paredes portantes de madeira constituem a estrutura do pavilhão e são também as únicas divisórias, gerando dois tipos de espaço: no perímetro as salas em que existe alguma relação com o exterior, e um núcleo central isolado e protegido em que a luz é difusa e se perde qualquer contacto com o exterior.
Estes dois tipos de espaço, as relações cambiantes entre eles e com o exterior, os múltiplos percursos possíveis geram inúmeras possibilidades de experiência expositiva de forma sóbria, em que o espaço serve ás peças artísticas.